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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Reação incisiva e urgente

Ilustrativa

Após o levante promovido pelas ONGs indigenistas, entre as quais a FUNAI, que paralisou por quatro dias algumas importantes estradas do Centro-Oeste brasileiro, necessário se faz que haja uma reação em nível nacional das pessoas atingidas pelas ampliações de reservas indígenas. Este tem sido o padrão dos protestos: Paralisação de estradas e obras em todo território nacional, causando prejuízos a diversos segmentos da sociedade. Esta mesma sociedade que tem sido estigmatizada de desumana e cruel com algumas minorias, mas que serve para trabalhar e produzir, gerando os impostos que ajudam a manter estruturas arcaicas e parasitas que se alimentam do seu esforço.

A paralisação das obras de Belo Monte é um retrato degradante do nível de exploração empreendido pelos ditos “afetados” pelas obras. Aceitam-nas, contanto que recebam picapes traçadas com direção hidráulica e ar-condicionado, tratores, barcos, microônibus, ambulâncias, pistas asfaltadas, antenas de celulares, internet com wireless além de outras exigências inconfessáveis. Nesse momento a preocupação com crenças e tradições dá lugar a modernidades e mordomias características da demonizada “sociedade de consumo”. A demagogia teria seus limites éticos? Parece que não! A pureza e ingenuidade podem então ser precificadas, mais ou menos como filosofou Rosseau há mais de dois séculos.

De todo modo é chegado o momento de haver uma contundente reação por parte daqueles que estão acumulando prejuízos com estas constantes patacoadas. Primeiramente há que se fazer uma contabilidade de quantas pessoas fazem parte deste universo, que assim como o outro, encontra-se em franca expansão. Produtores rurais têm suas terras confiscadas em vários estados da federação sem que ninguém assuma sua defesa, à exceção de meia dúzia de abnegados. Ações desesperadas são empreendidas por pessoas desalojadas de seus locais de convívio e trabalho como têm ocorrido em Ilhéus, por exemplo. Empresas são achacadas com a conivência de instituições que vivem nas sombras, sem que nenhuma autoridade governamental promova qualquer atitude. A propriedade privada, um dos sustentáculos da sociedade organizada, é esbulhada e perdida sem que exista uma reação à altura.

Feita a contabilidade, o segundo passo seria a criação de uma entidade nacional que abrigasse a todos aqueles “espoliados pelas boas intenções de outrem”. Explico: Muitos defendem a justiça social através dos recursos de terceiros, nunca deles próprios. Assim é fácil não é mesmo? Gastar o dinheiro dos outros deve ser uma ótima profissão, imagino. Ainda mais quando isto gera uma aura de “sensibilidade social“.

O terceiro passo seria a promoção de ações harmônicas e organizadas de forma uníssona a cada vez que a espoliação avizinhar-se. Estas ações deveriam ocorrer no âmbito administrativo, jurídico e político, pois quem trabalha e produz também vota, além de sempre ser chamado a pagar a conta. Já que virou moda trancar estrada porque não promover um grande “trancaço” em nível nacional patrocinado por todos os esbulhados pelas ampliações de reservas indígenas, por exemplo?

O quarto passo da nova entidade nacional proposta refere-se ao monitoramento da ingerência externa aos interesses nacionais, constantemente feridos e ameaçados pelo crescente número de entidades apátridas atuantes no território brasileiro. Não se trata de xenofobia, mas sim da defesa de interesses pátrios que infelizmente só emergem quando se fala em futebol, o que demonstra a passividade brasileira já observada pelos seus concorrentes. É preciso que a ingenuidade de lugar ao instinto de sobrevivência, porque é disto que se trata.

Finalmente, ações imediatas são necessárias de modo a organizar-se uma resistência à crescente onda de ameaças ao direito constitucional do respeito à propriedade privada. Estas ações somente serão levadas a efeito se forem organizadas nacionalmente, sob os ditames da lei e da ordem. Não será através de bravatas e ameaças como as que ocorreram ultimamente que a nação brasileira se fortalecerá.



Rogério Arioli Silva; Engº Agrº e Produtor Rural

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