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Notícias / Agronegócio

Setor produtivo de Mato Grosso investirá R$ 1 mi em segurança no campo diante roubos e furtos

Da Redação - Viviane Petroli

Cerca de 30% dos produtos agrícolas movimentados em Mato Grosso são ilegais ou oriundos de roubos. Setor produtivo do Estado revela investimentos na ordem de R$ 1 milhão, inicialmente, em tecnologias que visam o combate de crimes no campo.

Os crimes de roubo e furto nas propriedades rurais mato-grossenses tem crescido a cada dia, de acordo com entidades do setor produtivo. Na última quarta-feira, 08 de fevereiro, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) assinaram um Termo de Cooperação Técnica visando intensificar a segurança no campo.

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O mais recente crime registrado no setor produtivo foi o furto de 50 toneladas de soja, aproximadamente, na região Sul de Mato Grosso, onde sete pessoas foram presas em flagrante, após informação passada no disque-denúncia (65) 99811-2033, via WhatsApp.

O presidente da Aprosoja-MT, Endrigo Dalcin, observa uma crescente insegurança dos produtores rurais diante os indíces de assaltos nas propriedades. Ele afirma que tal fato levou à assinatura do tempo de cooperação com o Governo de Mato Grosso, através da Sesp.

“Vamos alimentar a inteligência das polícias com informações e também orientar os agricultores sobre segurança no campo, dando informações sobre como guardar e receber os produtos, que controles devem ser feitos dentro e fora da fazenda", pontua Dalcin.

O termo assinado entre o setor produtivo e o Governo do Estado trata também da colaboração para a busca de soluções de monitoramento e rastreabilidade de produtos, cargas e animais. O presidente da Aprosoja-MT revela que o setor está trabalhando, hoje, com rastreabilidade via satélite e utilização de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) para ronda.

Conforme a Aprosoja-MT, dados do mercado apontam que 30% dos produtos agrícolas movimentados em Mato Grosso ou são ilegais ou são roubados. Dalcin destaca que inicialmente R$ 1 milhão será aportado pelas entidades do agronegócio para a segurança no campo. “Isso é preocupante. Por isso é importante investir em tecnologia e trazer a indústria para dentro do programa, porque se os produtos vierem rastreados de fábrica, é mais fácil controlar".

Durante a assinatura do termo de cooperação no dia 08 de fevereiro, o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, destacou que a parceria com o setor produtivo visa "a uma redução no número de roubos e furtos de defensivos agrícolas e outros produtos. Entretanto, o objetivo maior é identificar as organizações criminosas e também apontar e responsabilizar os receptadores".
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