Imprimir

Notícias / Agronegócio

Produtor de Mato Grosso adere à consultoria

Dantielle Gomes - Folha do Estado

 Cerca de 90% dos produtores mato-grossenses possuem consultoria em sua propriedade. Os dados são da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), resultado do Circuito Tecnológico da Soja realizado em outubro, que apontou ainda que a região leste, tida como nova fronteira agrícola estadual, é onde mais produtores afirmam ter assistência técnica. Das fazendas visitadas na região, 92,9% dos produtores afirmaram ter os serviços. Em seguida vem a região norte com 91,4%, a sul com 91,2% e por último a região oeste do Estado com 77,3%.

Ainda, conforme dados do Circuíto Tecnológico desse ano, a maioria dos produtores faz as compras de insumos e a venda de seus commodities individualmente. O número de produtores que possuem consultoria em sua propriedades, foi considerado extremamente positivo pela Aprosoja.

Conforme o gerente técnico da entidade, Neri Ribas, esse número demonstra o comprometimento do produtor mato-grossense com a qualidade da produção estadual.”Com o advento de doenças como a ferrugem por exemplo, é extremamente importante e positivo esse número” afirmou. Quando a compra de insumos e vendas de commodities por meio de cooperativas e associações, o Estado ainda tem muito que avançar, segundo Ribas. “Os dados desse levantamento mostram que a realidade de Mato Grosso é que a maioria dos produtores ainda trabalha individualmente”, pontuou.

Para o diretor da Aprosoja e também da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Nelson Piccoli, essa realidade é negativa para um Estado que tem como base a agricultura de médio e pequenos agricultores. “O cooperativismo e associativismo são modelos que realmente funcionam e garante ao produtor uma diferença muito grande na lucratividade final”, afirmou. Conforme Piccoli, um dos principais benefícios para esse produtor é quanto à compra de fertilizantes e insumos com preços e em quantidades mais viáveis. “Se eu compro em grupo eu consigo ser mais competitivo”, explicou.

Para ele, o grande problema ainda é a falta de informação. “Nós tivemos no início um modelo de cooperativismo que não deu certo, e isso de certa forma influencia ainda na falta de informação quanto ao modelo implantado”. Piccoli afirma que “o fortalecimento de cooperativas e associações em Mato Grosso garantirá melhores resultados na compra e venda dos produtos”.
Imprimir