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Mato Grosso devolve quantia recorde de embalagens
Nayana Bricat - Gazeta Digital
Mato Grosso encaminhou para o destino ambientalmente correto 7,4 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas de janeiro a outubro deste ano. O Estado tem a maior representatividade no cenário de destinação final das embalagens, respondendo por 24% do total no Brasil. Na avaliação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), este resultado evidencia o comprometimendo dos agricultores e fabricantes mato-grossenses.
De acordo com o instituto, do início do ano até outubro foram retiradas cerca de 31 mil toneladas de material de todo o país, este resultado é 6% maior que o índice do ano anterior. Durante este período, a quantidade de embalagens devolvidas pelos agricultores foi de 9.321 toneladas, nos mesmos meses de 2011 somaram 7.961 toneladas. Houve uma queda de 2,9% na quantidade em função de questões logísticas relacionadas ao transporte de cargas.
Cada agricultor deve fazer a lavagem dos recipientes para serem devolvidos nos locais que vêm indicados na nota fiscal. Quando a devolução a ser feita for em grande quantidade é indicado que seja feito agendamento com antecedência. Todos os agricultores tem um ano a partir da data da compra para devolver a embalagem, caso isso não seja feito pode sofrer algum tipo de sanção judiciária. Ao efetuar a devolução, o agricultor recebe um recibo para ser apresentado a fiscalização.
De acordo com Rosângela Soto, coordenadora de Operações do Inpev em Mato Grosso e Rondônia, a logística reversa desse material segue em crescente desempenho. “Os agricultores estão bastante conscientes em relação à preservação do meio ambiente. Percebemos o crescimento na preservação ano a ano, cresce junto com a agricultura do Estado.” Rosângela comenta que o sistema tem efeito positivo entre os produtores e que até os pecuaristas estão se conscientizando a preservar.
Atualmente, 94% das embalagens plásticas primárias são devolvidas pelos agricultores nas 30 unidades de recebimentos do Estado, que são divididas em centrais e postos. Centrais de recebimento podem receber grande quantidade de embalagens dos produtores e também dos postos de recebimento que pegam um número menor de embalagens. No Brasil são mais de 400 unidades de recebimento presentes em 25 Estados e no Distrito Federal, que somam mais de 146mil m2 de área construída e ambientalmente licenciada. Índices como esses colocam o país na posição de referência mundial sobre o assunto, ao destinar percentualmente mais embalagens plásticas do que os países que possuem sistemas semelhantes: Brasil 94%, Alemanha 76%, Canadá 73%, França 66%, Japão 50%, Polônia 45%, Espanha 40% e Austrália e Estados Unidos 30%.