Após um inverno sem chuva suficiente para irrigar a plantação, o agricultor Lourenço Lopes lamenta o prejuízo. “Em março, abril, maio e setembro não choveu nada. Essa precipitação diminuída trouxe a redução que financeiramente representa um desgaste importante para o mercado da cana”, explica.

Em uma área é possível ver as consequências da seca. A cana-de-açúcar foi plantada há mais de um mês, período em que a maioria sequer brotou. As que brotaram também representam prejuízo, o produtor não deve aproveitar nada.

Em outra área, a plantação tem mais de seis meses. O resultado também está longe do esperado.

Com menos produção, a safra que normalmente vai até março, deve terminar um mês antes. Em todo o estado, 7400 agricultores vão colher 23 milhões de toneladas, quase 15% menos que a safra anterior.

Os números são da Conab e de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, Pedro Robério, a redução deve causar grande impacto sobre o setor. “Nós estaremos reduzindo aproximadamente R$ 500 milhões de renda que circularia nesta área agrocanavieira de Alagoas”.

Ainda de acordo com a Conab, a produção de cana, no Nordeste, deve cair cerca de 10%.