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Sábado, 18 de maio de 2024

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UM ANO É POUCO

Abrapa e Aprosoja defendem maior prazo para veto a defensivos aéreos em lavouras

Foto: Reprodução

Agricultores querem mais tempo para se adequarem à nova ordem com equipamentos

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As entidades do setor rural pedem maior prazo para a entrada em vigor da portaria do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) que determina proibição da aviação rural para pulverização de lavouras em algodão e soja. O apelo foi feito nesta terça-feira (11), em Brasília, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. A portaria foi emitida devido a informações sobre o impacto do uso de defensivos agrícolas sobre insetos, entre eles as abelhas.


O debate, proposto pelo deputado federal Homero Pereira (PSD-MT), reuniu representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Agricultura, do Ibama, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), entre outras.

De acordo com o diretor executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero, o prazo de um ano estabelecido pelo Ibama é insuficiente para a adaptação dos produtores a novos produtos que ainda não estão disponíveis no mercado.

"Um ano é pouco. O setor quer uma discussão com o governo e a Embrapa com base legal para a elaboração de uma alternativa, um novo produto que possa substituir os atuais e garantir a eficiência ao combate de pragas nas nossas lavouras", pontuou.

Segundo ele, o uso dos defensivos agrícolas no Brasil é admitido por se tratar de um país tropical e cujas pragas migram de uma lavoura para outra, como do milho para a soja e desta para o algodão.

Porto Carrero lembra que o uso de inseticidas representa 60% do custo de produção e a falta destes produtos irá aniquilar a produção e reduzir drasticamente a produtividade brasileira. "O uso admitido da aviação rural é mais eficiente, precisa, rápida e causa menos danos ao homem e à natureza. A proibição prejudica a economia", acrescenta.

O deputado Homero Pereira afirma que a medida adotada pelo governo federal compromete a safra 2013/14. Ele defende a suspensão da portaria para que seja discutida a elaboração de um novo produto. "Não temos alternativas. Queremos uma alternativa que seja sustentável ambientalmente sem comprometer a produção. O objetivo deste debate é pacificar a situação que aflige os produtores", argumenta.

Conforme dados da Abrapa, a cadeia produtiva do algodão movimenta US$ 19 bilhões anualmente.
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