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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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informação para preservar exportações

Ministérios mobilizam adidos agrícolas para esclarecer sobre incidência de 'vaca louca'

Diante da reação japonesa, o governo decidiu acionar embaixadores e adidos agrícolas em seus principais mercados. Nos próximos dias, eles farão reuniões para apresentar relatórios produzidos pelo governo com informações sobre o caso.

A notícia de incidência de um caso de vaca louca no Paraná levou os ministérios da Agricultura (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE) a mobilizar os adidos agrícolas do Itamaraty a promover uma campanha de conscientização e esclarecimento sobre o fato nos países compradores do produto brasileiro.

O Mapa decidiu promover vinte missões técnicas em seus principais mercados consumidores a partir desta terça-feira (11), para evitar que outros países sigam o exemplo do Japão e decidam suspender a compra de carne brasileira.

O objetivo é esclarecer qualquer dúvida sobre o caso ocorrido no município paranaense de Sertanópolis (450 km ao Norte de Curitiba), onde o agente causador do mal conhecido como "vaca louca" foi identificado em uum animal, morto em dezembro de 2010.

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA, Kátia Abreu, apoia a iniciativa e classifica como fundamental a entrada dos adidos agrícolas do Ministério das Relações Exteriores para levar informações aos países e evitar prejuízos à nossa economia.

"A maior arma que temos a partir de agora é a informação. Informar os mercados de que não há surto de vaca louca no Brasil e que este caso [Sertanópolis] foi isolado e que está totalmennte sob controle das nossas autoridades fitossanitáias", destacou a senadora durante entrevista coletiva para apresentar o balanço do agronegócio em 2012 - e com cobertura do Agro Olhar. 

Dentre as ações do Ministério da Agricultura estão a realização de reuniões bilaterais em Paris e em Genebra, nas próximas semanas, para "esgotar o assunto".

"Estamos preparados para responder a todos os questionamentos dos nossos parceiros comerciais", afirmou Ênio Marques, secretário de Defesa Agropecuária.

A agenda começará amanhã com representantes japoneses. O adido agrícola brasileiro se reunirá com o diretor do escritório de Segurança de Importações de Alimentos japonês. Na tarde desta segunda-feira (10), o adido agrícola japonês no Brasil já havia recebido esclarecimentos dos técnicos do Ministério da Agricultura, em Brasília.

O anúncio da suspensão da importações de carne brasileira pelo Japão foi feito no último sábado, um dia após o governo confirmar a existência do caso. A avaliação dos técnicos Ministério da Agricultura é que se trata de uma precaução excessiva do Japão, já que o país não compra carne bovina in natura do Brasil, apenas processada. As compras japonesas representam 0,1% do total das exportações brasileiras que, até outubro, totalizaram 1,24 milhões de toneladas.

Diante da reação japonesa, o governo decidiu acionar embaixadores e adidos agrícolas em seus principais mercados. Nos próximos dias, eles farão reuniões para apresentar relatórios produzidos pelo governo com informações sobre o caso.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) decidiu manter a classificação sanitária do Brasil como de "risco insignificante" para a doença. Foi a primeira vez que o país registrou a presença do agente causador do mal.

Segundo os testes, o animal não morreu em decorrência do mal da vaca louca e, por isso, o caso foi chamado de "não clássico". Segundo o Ministério da Agricultura, o episódio não traz risco à saúde pública.


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