Subiu para seis o número de casos de ferrugem asiática em Mato Grosso. A princípio todos confirmados em soja guaxa, ou seja, que plantas que nasceram na beira das rodovias ou perímetro urbano.

Casos na soja comercial não foram confirmados, entretanto entidades e especialistas acreditam que o fungo já deva ter avançado pelas lavouras. Dos 14 casos no Brasil, apenas no Estado todas as confirmações são em soja guaxa.

Setor produtivo frisa que clima chuvoso está propício para proliferação da ferrugem no Estado.

O último caso confirmado ocorreu em Campo Novo dos Parecis no dia 5 de dezembro. Este é o segundo caso no município. Os demais foram confirmados em Primavera do Leste, Sapezal, Lucas do Rio Verde e Alto Araguaia.

“Já deveremos sim ter casos de ferrugem asiática na soja comercial, mas ainda não estão confirmados. É preciso atenção redobrada, pois está chovendo muito em Mato Grosso e isso auxilia para a proliferação do fungo. As chuvas ainda dificultam as aplicações dos fungicidas”, diz o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Luiz Nery Ribas.

Ribas comenta ainda que a região sul de Mato Grosso é a com maior tendência de proliferação da ferrugem asiática devido a alta incidência de soja guaxa, visto as condições das rodovias.

Segundo dados do Consórcio Antiferrugem, dos quatro casos do Paraná apenas um é de planta guaxa. Já em São Paulo todos em soja comercial e o único de Santa Catarina é de soja guaxa.