Afonso Basso é de uma família que planta soja e milho desde a década de 70 no município de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.Nesta época do ano, os produtores sempre cultivaram as duas culturas, porém, desta vez, a preferência é pela soja. “Decidimos pela soja por causa da rentabilidade”, diz.

Em outra propriedade, até onde a vista alcança, é possível ver plantação de soja. São 700 hectares plantados, mas em anos anteriores, boa parte da área era coberta por lavoura de milho. Este ano, o dono da fazenda, Carlos Straliotto, decidiu não plantar o grão. “Não plantei milho por causa do preço da soja e a possibilidade de mercado futuro”, conta.
A produção de milho, em Mato Grosso do Sul, vem se concentrando na segunda safra, a de inverno, plantada em janeiro e colhida em julho.

A preferência pela soja é explicada por uma combinação de fatores que vão desde as condições climáticas até o comportamento do mercado de grãos.

“A soja é mais rentável para o produtor, tem maior liquidez e plantar soja cada vez mais precoce possibilita plantar milho em seguida com boa expectativa de produção”, explica João Pedro Cuthi Dias, consultor de mercado.

De acordo com a Conab, a primeira safra de milho, em Mato Grosso do Sul, deve ser 29% menor que a colhida no mesmo período do ano passado.