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Sábado, 18 de maio de 2024

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Saca de milho tem melhor novembro

A cotação para a saca do milho, em Mato Grosso, atingiu no mês passado o melhor momento de preço para novembro dos últimos dez anos. Conforme o Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado ontem, o grão em estoque, pertencente à safra 2012, registrou média de R$ 19,17, cifras 10% acima do realizado ante igual período do ano passado. “Novembro de 2012 figura entre os meses com maior preço para o cereal que está em estoque em Mato Grosso”.


Em 2012, Mato Grosso colheu a maior segunda safra de milho de sua história, assim como cultivou a maior área destinada à cultura. Foram 2,5 milhões de hectares e 15,58 milhões de toneladas.

Apesar do bom momento de preços e da demanda interna e externa que segue aquecida, o mercado tem se movimentado lentamente “porque os vendedores não estão completamente satisfeitos com os preços praticados”. Mesmo assim, sendo o Estado um dos poucos fornecedores que ainda restam da safra de 2012, é muito provável que haja outros períodos bons para o produtor que tiver milho para vender e com o acirramento da entressafra, o estoque de pouco mais de 1,5 milhão de toneladas será disputado por outros estados.

Como observa o Imea, apesar da resistência dos compradores, o fim do estoque de milho tem pressionado as cotações em favor dos produtores. “O valor do milho tem aumentado, como o obervado na semana passada, acompanhando a leve recuperação da cotação de Chicago, subiu 1% em relação semana à anterior com média de R$ 19,81 a saca”.

Dentre os municípios, a maior variação se verificou em Rondonópolis, subindo 3%, fechando a semana cotada a R$ 23/sc. Em Canarana, por outro lado, o preço declinou R$ 0,70 e o menor valor reportado foi R$ 20 na última sexta-feira. Em Sorriso, o valor do cereal aumentou 5% durante a semana e a máximo foi de R$ 18,65/sc. Já em Tangará da Serra o preço médio teve alta de 2% e fechou a R$ 19,20/sc. A comercialização futura do milho também avançou, porém, com preço até R$ 2 abaixo do disponível.

VENDAS - Segundo os dados do Imea a comercialização da safra 2011/12 de novembro está em 90,6% da produção, o que no mesmo período da safra passada estava em 97,7%. No entanto, a segunda mato-grossense superou em mais de 120% a produção do ciclo anterior, 15,58 milhões de toneladas ante 6,99 milhões, respectivamente. Considerando os percentuais de vendas, os 90% comercializados até novembro correspondem a 14 milhões de toneladas. Já os 97,7% da safra 2011, equivalem a 6,78 milhões.

No mesmo ritmo seguem os negócios para a safra 2012/13, que registra comprometimento de 6,1%, pois no mesmo período de 2011 já havia sido vendidos 30,7% da safra futura. A comercialização do grão em novembro, tanto do estoque da safra 2011/12, quanto da safra futura, tem ocorrido em ritmo inferior ao verificado no ciclo anterior. “No entanto, o estoque final fechará o ano com volume superior ao registrado no ano passado, porém o cereal mato-grossense já salta aos olhos para abastecimento de outros estados e provavelmente tomará esse rumo”.

EXPORTAÇÕES - O Estado tem sido referência tanto em produção quanto em vendas externas do cereal, no entanto, o fluxo intenso de exportação expõe também o déficit em infraestrutura de transporte no Brasil, que acarreta aumento do custo do frete, além de sobrecarga dos portos do Sul e Sudeste do país. Até outubro, Mato Grosso exportou 5,77 milhões de toneladas, volume muito próximo dos 6,08 milhões embarcados em dozes meses de 2011. Irã e Coreia do Sul se revelam os maiores consumidores do grão estadual.

Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o porto de Santos é a principal rota de escoamento do grão, e nos últimos anos torna-se cada vez mais participativa, sendo responsável por três quartos do volume embarcado em 2012. Do total exportado por Mato Grosso, mais de 70% dos envios partiram do porto de Santos.

O porto de Paranaguá até 2011 exibia o ritmo crescente de exportação, porém, em 2012 declina para 10% do total embarcado. A participação do porto de Vitória de 2008 a 2012 decresceu de 18% para 7%. Dentre os outros portos a participação do Norte soma apenas 5% em 2012, Manaus cai de 15% em 2008 para 2% em 2012, enquanto Santarém responde por 3% dos embarques de 2012.
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