O que já era grande ficou ainda maior. O Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso, que neste ano voltou a superar o de São Paulo se firmando com o maior do Brasil, está 3,31% acima dos valores apurados em outubro. Graças à expansão das cotações do milho, da soja e do algodão nesta reta final do ano, no intervalo de um mês o VBP passou de R$ 38,06 bilhões para R$ 39,32 bilhões. Em relação ao ano passado o crescimento é de 26,76%. O Valor Bruto é renda que a atividade gera dentro da porteira, produção multiplicada pela cotação.
Ontem, ao divulgar a penúltima parcial do VBP da safra 2011/12, o Ministério da Agricultura destaca que a revisão para cima foi determinada principalmente por cinco produtos: algodão, com aumento real de 23,7%, cebola, 19,8%, feijão, 13,4%, milho, 29,8%, soja, 19,1% e maçã, 4,3%. A participação desse grupo no total foi de 53,2% no computo nacional. A estimativa do VBP brasileiro é R$ 235,7 bilhões, resultado 3,5% superior ao do ano passado.
Entre os grandes produtores de grãos e fibras do Brasil, nenhum estado registra desempenho como o de Mato Grosso. Se confirmada, a renda agrícola mato-grossense responderá por mais de 56% do total faturado pelo Centro-Oeste, R$ 70,54 bilhões. Os resultados regionais confirmam os aumentos de valor ocorridos nas regiões Centro Oeste, de R$ 70,5 bilhões (alta de 33,5%), Norte, R$ 7,4 bilhões (+9,8%) e Nordeste, R$ 25,8 bilhões (+13,7%).
De acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico da Assessoria de Planejamento Estratégico (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, as previsões para o ano de 2013 mostram-se ainda melhores. “Há boas perspectivas para diversos produtos. A perspectiva para a oleaginosa é que o valor chegue a R$ 104,3 bilhões em 2013”.
CONSOLIDADO – os números de novembro vão confirmando estimativas apuradas ao longo de 2012. Além de líder nacional em renda agrícola, Mato Grosso contabiliza outro recorde interno, o milho se confirma como a segunda maior cultura do Estado, em relação ao faturamento, já que pela primeira vez ultrapassou o rendimento do algodão. O VBP do milho é justamente o que apresenta maior valorização anual, 105%, passou de R$ 3,64 bilhões para R$ 7,49 bilhões.
A sojicultura, carro-chefe do agronegócio estadual, imprime novo marco na sua série histórica ao somar renda de R$ 22,93 bilhões, ante R$ 15,62 bilhões no ano passado. O valor apurado até novembro, por exemplo, é apenas 2,46% inferior ao VBP mato-grossense contabilizado em 2010, R$ 23,51 bilhões.
Fechando o rol das expansões está a cana-de-açúcar que passou de R$ 889,16 milhões para R$ 1,03 bilhão. No extremo estão arroz, cujo VBP passou de R$ 356,55 milhões para R$ 277,09 milhões, e o algodão que deve fechar a safra com rendimento de R$ 6,72 bilhões ante R$ 9,88 bilhões.
