A plantação de tomates de Manoel de Moraes está praticamente perdida. Na propriedade que fica em Ribeirão Branco, sudoeste de São Paulo, o agricultor tem três hectares dedicados ao fruto. Ele esperava uma produtividade de 350 caixas por mil pés plantados, mas só deve conseguir colher 150 se conseguir recuperar a lavoura.

Dos quase 22 mil pés do fruto, pelo menos 12 mil estão completamente perdidos. “Somando os gastos com veneno, funcionários e adubo, dá quase R$ 80 mil de prejuízo”, conta.

Os produtores agora tentam alternativas para reduzir o prejuízo. Alguns estão aplicando veneno na parte menos atingida pela chuva em busca de recuperar parte da produção.

Cerca de 200 produtores cultivam tomate no município. O granizo comprometeu a colheita de pelo menos 30 propriedades.

Izael Rosa planta a hortaliça em nove hectares e praticamente não sentiu a consequência das pedras de gelo, mas mesmo assim vai colher menos.

Os tomateiros já estavam afetados com o excesso da umidade e alguns ainda foram atingidos por um fungo de solo, o verticilo, que impede a passagem de água e a planta acaba secando, reduzindo a produtividade.

Os produtores de tomate de Ribeirão Branco estão negociando a caixa, com 34 quilos por R$ 21. No mesmo período do ano passado, o fruto era vendido por R$ 38.

O agricultor deve começar a colher a primeira parte da lavoura em 10 dias, mas com o clima variando tanto, Izael vê dificuldades em falar de estimativa de preços para o produto. “A esperança é que valorize porque os produtos que não foram atingidos devem estar bem bonitos”, diz.