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2008/2011

Cuiabá aumenta áreas de pastagem em 118% enquanto Querência diminui em 81%

06 Dez 2012 - 07:59

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Cuiabá aumenta áreas de pastagem em 118% enquanto Querência diminui em 81%
De maneira geral, a pecuária tem perdido áreas para a agricultura em todo o Estado de Mato Grosso (3,47% nos últimos quatro anos), no entanto, cidades como Cuiabá fizeram o caminho inverso e incrementaram as pastagens. Na capital, de 2008 a 2011, houve crescimento de 118% de terras destinadas à pecuária.

Já em Querência (962 km de Cuiabá) ocorreu o inverso, tendo a pecuária perdido 81% do território para lavouras, no mesmo período.

Os dados são do estudo “Análise das Áreas de Pastagens do Estado de Mato Grosso”, realizado e atualizado a cada três anos pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Proporcionalmente, Cuiabá foi a cidade que mais ganhou pastos. Em questão de volume, o município campeão é Alto Araguaia, com 83 mil hectares a mais de 2008 a 2011. A capital vem depois, seguida por Rosário Oeste (62,3 mil ha), Tesouro (49,6 mil ha), Nova Brasilândia (42,7 mil ha), Guiratinga (40,5 mil ha), Cocalinho (39,3 mil ha), Vila Bela (37,6 mil ha), Novo Mundo (34 mil ha) e Chapada dos Guimarães (31,3 mil ha).

Já os municípios que tiveram redução nas áreas de pastagem estão, sobretudo, em regiões agrícolas fortes. Por ordem são: Querência (-90,7 mil ha), São Félix do Araguaia (-57,8 mil ha), Canarana (-56,7 mil ha), Brasnorte (-52,9 mil ha), Água Boa (-44,7 mil ha), Paranatinga (-42,3 mil ha), Nova Mutum (-40,3 mil ha), Nova Maringá (-39,7 mil ha), Nova Ubiratã (-36 mil ha) e Campo Novo dos Parecis (-34,6 mil ha).

As novas áreas

De acordo com o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, as novas áreas incrementadas pela pecuária nas cidades citadas não configuram abertura de novos territórios, ou seja, desmatamento.

Essas áreas acrescidas pelos criadores seriam, em sua maioria, as chamadas áreas de pousio, que sofreram regeneração natural. “Essas terras já eram utilizadas e estavam abandonadas por falta de recursos e investimentos”, explica Vacari.

De 2008 a 2011

Segundo o levantamento da Acrimat, nos últimos quatro anos, a pecuária mato-grossense perdeu cerca de 1 milhão de hectares de pastos para a agricultura. No entanto, o crescimento da produtividade na criação bovina foi de mais de 16%, resultando em um aumento do rebanho mesmo com a queda de área.

Em 2008, de acordo com o estudo, a produtividade era de 1,01 animais por hectare, passando para 1,17 em 2011. Os 26 milhões de cabeças de gado, há quatro anos, transformaram-se em 29 milhões até o ano passado. A média nacional é de 0,7 cabeças por hectare.
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