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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Economia

PIB do agronegócio no Brasil é puxado por Mato Grosso

O agronegócio mato-grossense voltou a influenciar no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre de 2012. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no dia 30 de novembro, revelaram um incremento de 0,6% no PIB brasileiro na comparação com o segundo trimestre do ano. No período o aumento mais expressivo foi o da agropecuária, com 2,5%, seguido pela indústria com 1,1%, enquanto o setor de serviços registrou taxa de variação nula.

Segundo o setor agropecuário do Estado, o resultado do crescimento da economia do país no terceiro trimestre do ano foi impulsionado pelo aumento da produção de grãos mato-grossenses, com destaque principal para o milho e a soja. Mato Grosso é líder nacional de produção de grãos com 40,35 milhões de toneladas de grãos. Uma participação de 24% na safra nacional de 165,8 milhões.

Para se ter uma ideia, dos mais de R$ 38 bilhões previstos para o Valor Bruto de Produção (VPB) no Estado, cerca de R$ 29,169 bilhões virão somente de duas culturas: soja com VBP de R$ 21,821 bilhões e milho VBP em R$ 7,348 bilhões.

Segundo a analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Gemelli Lyra, a evolução da produção estadual do grão em Mato Grosso colaborou de forma direta para o incremento do PIB do agronegócio brasileiro. “Temos um cenário muito positivo, que resultou em safras recordes e preços internacionais bons o suficiente para incrementar o resultado brasileiro”, explicou

Desafios- O coordenador de Gestão de Produção da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Naildo Lopes, explica que não há dúvida de que Mato Grosso vem sustentando o PIB brasileiro com o aumento na arrecadação do agronegócio e tem potencial para produzir mais, bem como vender, porém é necessário corrigir sua infraestrutura.

Conforme ele, hoje o Estado é o maior responsável pelo aumento da economia no Brasil, porém não possui os devidos retornos. “Hoje, cerca de 35% da renda da produção é para frete. Precisamos de mais investimento do governo para uma logística melhor, para que assim possamos ter um maior desenvolvimento”, conclui.
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