Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Política

SEGMENTO PRODUTIVO

Adilton Sachetti defende que agora há clareza em definir fiscalização de trabalho escravo

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Adilton Sachetti recorda que já foi multado, quando empregador, por causa de pequenos detalhes pontuais da fiscalização

Adilton Sachetti recorda que já foi multado, quando empregador, por causa de pequenos detalhes pontuais da fiscalização

Considerado um dos líderes mais respeitados da bancada ruralista no Congresso Nacional, o deputado mato-grossense Adilton Sachetti (PSB) interpretou como necessária e em condições de prevenir injustiça. Ele entende que a decisão do ministro Ronaldo Nogueira, do Trabalho e Emprego, com aval do presidente Michel Temer (PMDB), ao baixar a Portaria MTB 1.129/2017, chega num momento crucial para disciplinar a fiscalização em cada local de trabalho.
 
“Ninguém é favorável ao trabalho escravo. O que não pode é a punição por ideologia, contra o empregador, em que se buscam brechas mínimas. Como a porta do alojamento que deve ter 90 centímetros de largura e em  que é obrigatório abrir para fora. Depende da cabeça do fiscal. Agora, a orientação está clara”, avaliou Sachetti.

Leia Mais
- Bancada ruralista de MT aprova portaria de Temer que muda fiscalização de trabalho escravo

 - Blairo Maggi suspende importação de leite do Uruguai e garante envio de equipe técnica ao país para inspeção


O parlamentar do PSB recordou que, quando empregador, chegou de ser autuado por causa de largura de porta e da ausência de telinha de mosquito no refeitório e no alojamento. “Não pode [haver autuação] porque não tinha telinha para segurar mosca [e mosquito], na cantina nem no alojamento. E porta fora de norma ou mesmo espessura dos colchões. Isso não tem nada a ver com trabalho escravo”, retrucou Sachetti, durante décadas esteve entre os maiores produtores e vendedores do agronegócio de Mato Grosso.
 
A portaria do Ministério do Trabalho, na avaliação de Sachetti, não chega para favorecer ou prejudicar ninguém, presente ou não na chamada ‘lista suja’ do trabalho escravo. “Não é tirar ninguém ou pôr na lista. Daqui a pouco tem o nome colocado numa lista suja e nunca mais apruma. Quando sair o nome tratou de forma degradante, o prejuízo é certo. Não por questões técnicas e normas pouco construtivas. A portaria vem dar transparência para a fiscalização”, disse o deputado do PSB, para a reportagem do Olhar Direto.
   
Adilton Sachetti pontuou que recebeu multas até porque o trabalhador se recusa a assinar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). “Levei multas, quando era empregador, pelo simples registro em carteira. Isso é trabalho ilegal, mas não é análogo ao trabalho escravo. A ideologia impera e você tem que se defender. Não provam nada. O empregador tem que se virar depois, por questão ideológica, vítima da arbitrariedade [da fiscalização]. Alguns auditores do trabalho fazem a coisa certa; outros, por ideologia”, ponderou o deputado, citando o exemplo pessoal, para defender a Portaria 1.129/2017.
 
“Deve ser: sim, sim! Não, não! Porque análoga não é igual nem similar; não define. Tem que acabar com o conceito ideológico de trabalho escravo”, complementou Adilton Sachetti.
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet