Olhar Agro & Negócios

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Agronegócio

Mais uma vez

Novacki defende produtores brasileiros e reitera compromisso do país com a preservação ambiental

Foto: Da Assessoria

Novacki defende produtores brasileiros e reitera compromisso do país com a preservação ambiental
O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki defendeu mais uma vez os produtores agropecuários brasileiros e a produção alimentícia nacional durante seminário comemorativo aos 10 anos da moratória da soja, nesta quarta-feira (19) em São Paulo. “Ao importar nossos produtos agropecuários, o mercado internacional está contribuindo para a preservação do nosso grande ecossistema”, destacou Novacki, que afirmou ainda que o país tem consciência da importância de seu papel na segurança alimentar, na conservação da biodiversidade e na redução dos impactos das mudanças climáticas.

Leia mais:
Novacki defende reconhecimento dos produtores brasileiros e critica subsídios dos mais ricos

O ministro interino ainda ponderou que o agronegócio brasileiro tem dois desafios pela frente: agregar valor aos seus produtos e atrair o mercado mundial para financiar a preservação ambiental. “O Brasil já está fazendo a sua parte, com investimentos em pesquisa e tecnologia. Isso permite aos nossos agricultores produzir cada vez mais e melhor num mesmo espaço de terra.” Os ganhos de produtividade, acrescentou, têm possibilitado ao país reduzir os impactos ambientais, o que precisa ser valorizado pelo mercado global. Novacki estava acompanhado no evento pelo assessor especial do Mapa para o meio ambiente e sustentabilidade, João Campari.

O seminário, que foi promovido pelo Grupo de Trabalho da Soja (GTS), reuniu o setor privado –Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), empresas associadas –, a sociedade civil (Greenpeace, WWF-Brasil, TNC-Brasil, Imaflora, Ipam, Earth Innovation) e o governo federal (Ministério do Meio Ambiente e Banco do Brasil). A moratória da soja é, hoje, uma das principais iniciativas de combate ao desmatamento no bioma Amazônia e de orientação ao uso responsável dos seus recursos naturais.

Assinada em 24 de julho de 2006 pela Abiove, Anec e empresas associadas, a moratória da soja é um compromisso de desmatamento zero no bioma Amazônia. Por seu intermédio, essas entidades e empresas se comprometeram em não comprar nem financiar a soja cultivada em áreas desmatadas da Amazônia a partir de julho de 2006. O objetivo tem sido o de conciliar a conservação da biodiversidade do bioma com a produção de alimentos.

A moratória faz o monitoramento por satélite de 87 municípios nos estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Amapá. Na área monitorada, a taxa média de desflorestamentos observada depois da moratória (2009-2015) é seis vezes menor do que no período anterior (2002-2008), o que revela a eficácia dos diversos mecanismos de redução de desmate vigentes nos últimos anos.

Relatório de monitoramento

O Relatório de Monitoramento do Plantio de Soja no Bioma Amazônia na safra 2015/2016, elaborado pela Agrosatélite e auditado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que a principal cultura agrícola do país não tem sido um fator relevante de desmatamento naquela região, que ocupa quase metade do território brasileiro.

De acordo com o Grupo de Trabalho da Soja, os 37,2 mil hectares da oleaginosa da safra 2015/2016, em desacordo com a moratória, representam apenas 1,1% da área desmatada no bioma. Ainda segundo o GTS, no período dos 10 anos da moratória, foram alcançados dois objetivos: a criação de uma estrutura de governança pública para a produção responsável, que desestimulou o desmatamento; e a garantia de conservação da Floresta Amazônica aos grupos de clientes da soja brasileira.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet