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STF e calor dos movimentos sociais ligados ao governo causam preocupações ao mercado

23 Mar 2016 - 11:42

Moacir Camargo – Economista da Parmetal DTVM

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

STF e calor dos movimentos sociais ligados ao governo causam preocupações ao mercado
Como era esperado, a Semana é Santa, mas as novidades na política infernizam aqueles que vivem à margem da lei e os que dela tentam fazer valer a Constituição.

Hoje a Bolsa de Valores brasileira segue em baixa de -2,12% (11:44). Muitos analistas acreditam que a decisão do ministro do STF Teori Zavascki em tirar das mãos do juiz Sérgio Moro as investigações sobre Lula, pesa sobre o otimismo dos investidores, que esperam uma retomada na economia com a troca de comando do país, pesa também sobre a decisão do ministro a credibilidade e imparcialidade da instituição que deveria se atentar apenas com quem tem foro privilegiado, o que não é o caso do ex-presidente. Outro motivo de desconfiança foi a publicação no Diário Oficial da nomeação e posse de Lula como ministro da Casa Civil, coisa que o Diário Oficial justificou como sendo provisória a suspensão da posse e manteve a publicação. Para tornar tudo pior, a presidente Dilma se ‘manifestou’ favorável a decisão de Teori Zavascki e ontem, em uma cerimônia de quase 3 horas no Planalto com grupo de juristas e apoiadores do governo, endureceu o discurso contra o impeachment, fez ataques ao juiz Sérgio Moro, ao ministro do STF Gilmar Mendes e à oposição, definiu como “golpe” o movimento das ruas e as discussões que seguem no congresso sobre o tema.

Acalorou-se com isso movimentos sociais como o dos MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que, por seu interlocutor, o coordenador Guilherme Boulos, disse que se o processo de impeachment for para frente e o ex-presidente Lula for preso, não haverá “um dia de paz no Brasil”. Na mesma linha segue o MST (Movimento dos Sem Terra), onde o seu coordenador Gilmar Mauro afirmou: “Vamos esticar a luta democrática até o limite do limite, mas não fugiremos da guerra. O MST não forma covardes. Ninguém vai se esconder em baixo da cama. Se fizerem o golpe, não terão um dia de sossego”.

Enfim ... o cenário se acinzenta cada vez mais e instabilidade afasta o $ dos investidores dos objetivos dos mesmos e dos benefícios por ele gerado.

As Bolsas europeias operam dividias tendo a da Alemanha, Suíça e Belga no azul e o restante no vermelho. As americanas seguem em baixa após discurso firme do presidente do Fed Filadélfia considerando outro aumento da taxa de juros para o próximo mês e acreditar em 3 aumentos até o final do ano. As Bolsas asiáticas operavam cautelosas no vermelho, ainda em função dos ataques terroristas de ontem em Bruxelas ocorridos pós encerramento dos pregões (fuso horário), mas a da China reverteu e fechou no azul, com exceção a Bolsa de Hong Kong que fechou em baixa de -0,25%, similares a do Japão (-0,28%) e Austrália (-0,47%).

Principais Bolsas Mundiais e índices (12:03):

· Dow 30: ......................................... -0,17% (em operação)

· Nasdaq: ........................................ -0,71% (em operação)

· S&P/TSX:....................................... -0,50% (em operação)

· Ibovespa........................................ -2,16% (em operação)

· DAX: ............................................. +0,18% (em operação)

· FTSE 100: ....................................... -0,21% (em operação)

· CAC 40: ......................................... -0,55% (em operação)

· Euro Stoxx 50: ............................... -0,42% (em operação)

· IBEX 35: ......................................... -1,03% (em operação)

· FTSE MIB........................................ -1,17% (em operação)

· SMI: .............................................. +0,22% (em operação)

· Nikkei 225: .................................... -0,28%

· CSI 300: ......................................... +0,32%

· Hang Seng...................................... -0,25%

· KOSPI: ........................................... -0,08%

O ouro, que nas negociações anteriores tinha definido um suporte em US$ 1.241,60 a onça e resistência em US$ 1.264,40, viu hoje, sem motivo aparente a não ser a baixa demanda, queda de -2,35% neste final do período matutino, sendo negociado em US$ 1.219,00.

A baixa observada no pregão asiático e seguido pelo o europeu do ouro afetou os preços no mercado doméstico e, em consulta à mesa de operações da Parmetal DTVM, o metal amarelo abriu negócios cotado a R$ 139,67 o grama para compra e R$ 141,45 para venda, baixa de -2,50% comparando com a abertura de terça-feira.

Indicadores – Abertura do Mercado:

· Ouro – NY (Ozt.) ................................. US$ 1.248,60....................... +0,40%

· Petróleo (Brent) ................................. US$ 41,55........................... +0,19%

· Milho (Ton) ........................................ US$ 369,02......................... -0,03%

· Ibovespa (pts.) ................................... 51.004,57............................ -0,32%

· Dólar - US$ ......................................... R$ 3,5814............................ -1,00%

· Euro - € .............................................. R$ 4,0195............................ -1,11%

· Poupança (mês / Acum. 2016) ............ +0,7179% ........................... +2,6997%

· Inflação – IPCA (mês / 12 meses) ........ +1,27%............................... +10,7063%

Observação: o percentual calculado é feito com relação à cotação de abertura do dia anterior.



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