A Câmara Setorial da Soja decidiu ontem, dia 21, por unanimidade, pedir ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a suspensão de uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que limita a aplicação aérea de quatro defensivos nas lavouras do país.
O setor teme que a restrição ao uso dos produtos, muito usados no plantio do grão, comprometa a produção agrícola. A carência de algumas substâncias pode resultar no ataque de percevejos nas lavouras.
O governo decidiu flexibilizar a portaria devido às reclamações dos produtores de soja e liberar as aplicações de defensivos até o dia 1º de janeiro.
“Eu posso ter um ataque de pragas muito grande no qual eu tenha que fazer uma aplicação em fevereiro, por exemplo, e aí, como eu vou fazer se você tiver um período muito chuvoso e eu não conseguir entrar com o trator? Em um mil hectares eu posso perder 10 sacas, e aí estamos falando de 10 mil sacas de soja e meio milhão de reais”, explica o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-Brasil), Glauber Silveira.
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