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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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SUIÁ MISSÚ

Eles não são bandidos e só querem trabalhar mas MP não deixa, diz esposa de líder da Suiá Missú preso pela PF

Foto: José Medeiros - Fotos da Terra

Eles não são bandidos e só querem trabalhar mas MP não deixa, diz esposa de líder da Suiá Missú preso pela PF
A prisão dos líderes das famílias atingidas pela desintrusão da gleba Suiá Missú, nesta quinta-feira (7.8), em Goiás e Mato Gosso, revoltou a esposa do presidente da Associação dos Produtores de Suiá Missú, Sebastião Prado, Nailsa Rita Bispo. Por telefone, ela contou ao Olhar Direto como agiu a Polícia Federal, em Goiânia, em cumprimento a mandados de busca e apreensão e de prisão temporária de Prado.

Segundo ela, a PF esteve no apartamento deles na véspera à procura de Prado e não o encontrou. No entanto, segundo ela, o próprio presidente da associação, ao saber da operação, comprometeu-se a se apresentar na sede da PF nesta quinta-feira para ser ouvido. Mas não deu tempo.

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“Eles trataram-no como bandido. Ele não deve nada, não estava fugindo. Reviraram tudo, levaram documentos. Quando vieram ontem (quarta), ameaçaram o porteiro que não contasse nada sobre a presença deles. Foi muito constrangedor”, revelou.

Nailsa Rita Bispo critica o Ministério Público Federal por desencadear esta ação. Ela confirma a ida de agentes da PF nesta quinta-fira para prender os demais líderes do movimento que resiste à entrega da gleba Suiá Missú.

“Prenderam ele porque é uma liderança. Mas parece até que é bandido. Desceu polícia para lá atrás dos outros líderes. O que nós queremos é trabalhar, cuidar das nossas famílias. Isso tudo é movido pelo Ministério Público”, afirmou.

Ao criticar a postura da PF e do MP em relação às operações, a esposa de Sebastião Prado lembrou que há alguma semanas o jornalista Calixto Guimarães foi morto com tiro de espingarda ao ser confundido com uma onça. Ela defende maior investigação sobre o caso.

“Ele foi morto e a PF não investiga. Agora nós, que queremos trabalhar, somos tratados como criminosos”, salienta. 

Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, da subseção judiciária em Barra do Garças (MT), por determinação do Ministério Público Federal em processo que corre em segredo de justiça.
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