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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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O Estado que queremos

Assessoria

A expectativa da população brasileira nunca foi tão frustrada em relação ao Estado. Funções básicas, como educação, saúde, previdência, segurança, aplicação universal da Justiça, infraestrutura deveriam atender de forma coesa e esperada esses cidadãos. A necessidade das reformas com o aperfeiçoamento da máquina estatal brasileira, nos leva a um ponto do qual nunca deveríamos nos afastar: o tamanho do Estado. Crise de representação, crise de credibilidade dos partidos políticos, mas quem está sentindo a crise e são muitos, apoiam a mudança de estrutura do estado brasileiro. No bom momento não temos o incentivo para fazer a mudança, e este é o momento propício, não só para as mudanças econômicas, mas principalmente a política.

A onda mundial de revisão dos modelos de Estado é uma necessidade, tão absoluta que somente a democracia não acalmará os anseios da população. Até porque quanto mais cara for a máquina pública, maiores serão os impostos para mantê-la sempre abundante. O Brasil tem vivido a maior crise econômica de sua história. Somos impactados diariamente por noticiários com manchetes pessimistas e nos deparamos na prática com uma simples compra no supermercado. Há uma nuvem negra sobre o nosso país, onde o poder de consumo tem diminuído drasticamente, causando o aumento da desigualdade e desemprego.

Os mais pobres se endividam e rebaixam na posição social. Um dos únicos caminhos que devemos trilhar está repleto de reformas estruturais e com a redução do tamanho do Estado, que sabemos será dolorida para alguns, mas tem que ser feita. As despesas devem ser enxugadas e não aumentar os impostos, como de costume. Modelos antigos de aposentadoria e de privilégios para os que trabalham nas máquinas estatais, militares ou civis devem ser revistas. Assim fica firmado que o estado pode tudo, principalmente quando em benefício de alguém. Porém, quando falam de revisão ou alterações - como a reforma – as reações são ruidosas. Os privilégios e favores são intocáveis, e ai de quem persistir ir além.

No caso brasileiro, as coisas pioram gravemente. A postura recente do estado nacional, caracterizada pela concessão de benefícios, privilégios, subsídios e isenções aos amigos do “poderoso”, este capitalismo de estado brasileiro escolhendo os campeões não obteve sucesso. O tamanho do Estado, assunto dos dias atuais, precisa ser discutido abertamente com a sociedade, democraticamente. Não bastam os arroubos dos mandantes atuais ou beneficiados futuros para definir o melhor para o país. Isto não impede que a cada dia um número crescente de cidadãos queira mais Estado. Para si próprio, é claro.




*Junior Macagnam é empresário e Brasileiro

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